quinta-feira, 12 de abril de 2012

A EXTINÇÃO DOS PROFESSORES


(desconheço o autor)

O ano é 2.020 D.C. - ou seja, daqui a oito anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
- Vovô, por que o mundo está acabando?
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:
- Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
- Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
- Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
- Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
- E como foi que eles desapareceram, vovô?
- Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer "eu estou pagando e você tem que me ensinar", ou "para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você" ou ainda "meu pai me dá mais de mesada do que você ganha". Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo "gerenciar a relação com o aluno". O professores eram vítimas da violência - física, verbal e moral - que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.
Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. "Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular", diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas "bem sucedidas" eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão - enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Porque cães não vivem tanto quanto as pessoas


(Do Médico Veterinário Dr.César Ranzani - Clinivet – Curitiba)

Sou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça Wolfhound Irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa, e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.

Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão em sua casa. Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.

No dia seguinte, eu senti o familiar "aperto na garganta" enquanto a família de Belker o rodeava. Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando. Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente. O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.

Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste fato da vida dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos. Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou, "Eu sei porque." Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou. Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante.

Ele disse:
- "As pessoas nascem para que possam aprender a viver, a  amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?"

O garoto de quatro anos continuou...
"Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo."

terça-feira, 20 de março de 2012

VIVER OU JUNTAR DINHEIRO?


(Max Gehringer)

Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.
Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.
E assim por diante.
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.
Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"

Que tal um cafezinho?

quinta-feira, 15 de março de 2012

A Pedra


O distraído, nela tropeçou, 
o bruto a usou como projétil, 
o empreendedor, usando-a construiu, 
o campônio, cansado da lida, 
dela fez assento. 
Para os meninos foi brinquedo, 
Drummond a poetizou, 
Davi matou Golias... 
Por fim; 
o artista concebeu a mais bela escultura. 
Em todos os casos, 
a diferença não era a pedra. 
Mas o homem.


(Antonio Pereira - www.aponarte.com.br/)

quarta-feira, 14 de março de 2012

EU TENHO VALOR


(desconheço o autor)

Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr dx um modxlo antigo, funciona muito bxm, com xxcxção dx uma txcla.
Há 42 txclas qux funcionam, mxnos uma x isso faz uma grandx difxrxnça. Txmos qux txr o cuidado para qux a nossa xquipx não sxja como xssa máquina dx xscrxvxr x qux todos os sxus mxmbros possam trabalhar como dxvxm.
Ninguém txm o dirxito dx pxnsar: "Afinal, sou apxnas uma pxssoa x sxm dúvida, não fará difxrxnça para o nosso grupo a minha falta dx colaboração."
Comprxxndamos qux, para o grupo podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participação dx todos os sxus mxmbros.
Sxmprx qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x diga a si próprio: "Xu sou uma das txclas importantxs na nossa comunidadx, x mxus sxrviços, doação x rxsponsabilidadx são muito nxcxssários."

terça-feira, 13 de março de 2012

Se Um Cachorro Fosse o Seu Professor


(desconheço o autor)

Se Um Cachorro Fosse o Seu Professor Você aprenderia coisas assim:

  1. Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
  2. Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro.
  3. Permita experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
  4. Quando está a seu favor, pratique a obediência.
  5. Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
  6. Tira uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
  7. Corra, pule e brinque todos os dias.
  8. Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
  9. Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
  10. Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquido e deite debaixo da sombra de uma árvore.
  11. Quando você está feliz, dance e balance todo o seu corpo.
  12. Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...Volte e faça as pazes novamente.
  13. Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
  14. Se alimente com gosto e entusiasmo.
  15. Coma só o suficiente.
  16. Seja leal.
  17. Nunca pretenda ser o que você não é.
  18. Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir.
  19. E o MAIS importante de tudo...Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silencio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A Inveja

(não conheço o autor)

Viajava através das aldeias ensinando o bem.
Chegando a noite, e estando nas montanhas, sentiu muito frio. Buscou um lugar para se abrigar.
Um discípulo jovem ofereceu-lhe a própria caverna. Cedeu-lhe a cama pobre, onde uma pele de animal estava estendida. O monge aceitou e repousou.
No dia seguinte, quando o sol estava radiante, e ele deveria prosseguir a sua peregrinação, desejou agradecer ao jovem pela hospitalidade. Então, apontou o seu indicador para uma pequena pedra que estava próxima, e ela se transformou em uma pepita de ouro.
Sem palavras, o velho procurou fazer que o rapaz entendesse que aquela era a sua doação, um agradecimento a ele. Contudo, o rapaz se manteve triste.
Então, o religioso pensou um pouco. Depois, num gesto inesperado, apontou uma enorme montanha, e ela se transformou inteiramente em ouro.
O mensageiro, num gesto significativo, fez o rapaz entender que ele estava lhe dando aquela montanha de ouro em gratidão, porém, o jovem continuava triste.
O velho não pôde se conter e perguntou:
Meu filho, afinal, o que você quer de mim? Estou lhe dando uma montanha inteira de ouro.
O rapaz apressado respondeu:
Eu quero vosso dedo!
A inveja é um sentimento destruidor, e que nos impede de crescer.
Invejamos a cultura de alguém, mas não nos dispomos a permanecer horas e horas estudando, pesquisando, simplesmente invejamos.
Invejamos a capacidade que alguns têm de falar em público, com desenvoltura e graça, contudo, não nos dispomos a exercitar a voz e a postura, na tentativa de sermos semelhantes a eles.
Invejamos aqueles que produzem textos bem elaborados, que merecem destaque em publicações especializadas, no entanto, não nos dispomos ao estudo da gramática, muito menos a longas leituras, que melhoram o vocabulário, e ensinam construção de frases e imagens poéticas.
Enfim, somos tão afoitos quanto o jovem da história que desejava o dedo do monge, para dispor de todo o ouro do mundo, sem se dar conta que era a mente que fazia as transformações.
Pensar é construir. Pensar é semear. Pensar é produzir.
Vejamos bem o que semeamos, o que produzimos nas construções de nossas vidas com as nossas ondas mentais.
No lugar da inveja, manifestemos a nossa vontade de lutar para crescer, com a certeza de que cada um de nós é inigualável, o que equivale a dizer que somos únicos, e que ninguém poderá ser igual ao outro.
Cada um tem seus tesouros íntimos a explorar, descobrir e mostrar ao mundo.
Quando pensamos, projetamos o que somos.
Pensemos melhor.
Pensamento é Vida!

sábado, 10 de março de 2012

O Cético e o Lúcido...

(não conheço o autor)

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento
está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…